Terceira Parte
5 - A Afilhada
Quaresma estava preso: enviou uma inflamada carta ao Marechal que criticava a desumanidade praticada contra os presos que guardava – eles haviam sido executados.
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Na masmorra, o antigo Major se indagava como pôde chegar àquele lugar, isolado, sem qualquer perspectiva de liberdade. Lembrando-se de suas incursões pelo patriotismo fanático, seus estudos culturais e seus investimentos agrícolas, Policarpo enxergava em tudo um grande vazio existencial. A pátria, que tanto ele defendeu, nada mais era que um mito, e agora, mais do que nunca, a razão de sua prisão. Arrependido pelos amores que não viveu, ele chora.
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Sabendo da prisão de Quaresma, Ricardo procurou Genelício, Albernaz e Bustamante para libertá-lo, mas ninguém queria apoiá-lo, pois agora era visto como um revoltoso. A última esperança foi ter com Olga, que se dispôs a procurar o próprio Floriano para defender seu padrinho. A moça contrariou seu marido e saiu na companhia de Ricardo.
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O marechal não recebeu a afilhada de Policarpo: ela falou somente com um secretário, que afastou qualquer possibilidade de perdão. Olga se envergonhou de ter enxovalhado a grandeza moral do padrinho com sua súplica final: ele merecia morrer heroicamente, com seu orgulho preservado. Olhando a paisagem, ela refletia sobre a história daquela nação que ainda tinha muito que avançar.