Parte 2
Capítulo 16 - Pai Quicé
Após cair do barranco, Brás iniciou uma estranha atividade: pegou seis gafanhotos que guardava consigo e enfiou-lhes espinhos de juçara e fincou-os na terra. Dominado pela raiva, com a boca espumando, o louco iniciou um ataque aos gafanhotos, esmagando uns com uma pedra, arrancando com os dentes as cabeças de outros. Eles representavam, na cabeça do idiota, os inimigos que queria destruir.
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O garoto pegou um pedaço de arco de barril que havia afiado, como um punhal, e guardou-o no bolso. Em seguida buscou um sapo e jogou-o num buraco de casa de cupim. Ali surgiu uma cascavel que Brás agarrou pela cabeça.
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O louco seguiu em direção à casa das Palmas e, subindo numa jabuticabeira, alcançou a janela do quarto de Linda, em cuja cama jogou a serpente. Estava armado seu primeiro ataque.
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Enquanto isso Linda e Berta, que haviam visto Luís Galvão se aproximando, chamaram todos para recebê-lo. Além de d. Ermelinda, vários escravos se reuniram.
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Após a saudação do fazendeiro, Berta iniciou uma conversa com Pai Quicé, um velho preto que sabia de tudo que acontecia na região. Ele lhe contou sobre uma armação que existia para pegar Jão Fera. Preocupada a menina pediu que o velho a levasse até o lugar em que o capanga estava.
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Preparando-se para sair, Berta perguntou a Linda onde estava seu chapéu: ele estava sobre a cama de Linda. Ao ouvir isso, Brás caiu da jabuticabeira.
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