
A hora e a vez de Augusto Matraga
Augusto Matraga, cujo verdadeiro nome é Augusto Estêves, filho do Coronel Afonsão Estêves, vive no Arraial do Murici. Lá ele é respeitado por sua valentia, que demonstra em brigas e na conquista de moças da região – mesmo sendo um homem casado.
Sua mulher, Dionóra, cuida de Mimita, filha do casal, e sabe das aventuras amorosas de seu marido. Ela também sabe que, após a morte de seu sogro Afonsão, Augusto se afundou em dívidas, além de estar do lado mais fraco da política local. Dionóra é cortejada por Ovídio Moura, que realmente gosta dela e já a chamou para morar com ele.
Dionóra e Mimita estavam indo para a fazenda do Morro Azul, acompanhadas por Quim Recadeiro, criado de Augusto, quando Ovídio surgiu e repetiu seu convite, o qual foi imediatamente aceito pela mulher: seguiram para a fazenda dele e Quim foi avisar seu patrão sobre o ocorrido.
Nhô Augusto, ao saber da fuga de sua mulher e sua filha, mandou reunir seus homens para armarem um ataque ao seu concorrente. Porém os capangas haviam se aliado ao Major Consilva, já que Augusto não estava pagando seus salários corretamente. Quim Recadeiro avisou que todos sabiam de sua situação financeira, além de julgarem-no por seu desrespeito às filhas e mulheres dos outros, portanto era preciso cuidado. Augusto, entretanto, insistiu que deveria enfrentar seus adversários frente à frente.
Chegando à fazenda do Major, Augusto foi atacado pelos capangas com porretes e chutes. Conforme ordem de Consilva, Matraga foi levado à beira de um barranco, já desacordado, e marcado a ferro. Em reação à queimadura, Augusto pulou do precipício. Os capangas, que deveriam matá-lo em seguida, não acreditaram que ele poderia sobreviver à queda e foram embora.