
NOVA FASE DA LUTA: Capítulo 1
QUEIMADAS, PÁGINAS DEMONÍACAS
O pequeno povoado decadente de Queimadas tornou-se um ruidoso acampamento das novas tropas, entre a vegetação seca e inúmeros restos de fardas e equipamentos deixados pelos combatentes que por lá haviam passado anteriormente.
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No muro de uma capela colecionavam-se inscrições feitas a carvão ou a ponta de sabres dos soldados: frases blasfematórias e brados acalorados misturavam-se naquela superfície.
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UMA FICÇÃO GEOGRÁFICA, FORA DA PÁTRIA
A linha férrea que passava rente ao povoado revelava um único ponto de congruência entre duas sociedades muito distintas: o vaqueiro do sertão ali parava para ver passar os trens que levavam os patrícios ao litoral, totalmente inconscientes de sua existência.
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As novas expedições, ao adentrarem aquele interior misterioso e miserável, sentiam-se estrangeiros em terras bárbaras.
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EM CANUDOS, PRISIONEIROS, DIANTE DE UMA CRIANÇA, OUTRA CRIANÇA
Chegando às proximidades do arraial, surgiram notícias positivas da fronte de batalha: todas as posições conquistadas foram mantidas e os jagunços pareciam cair em desânimo. Havia boatos que o próprio Conselheiro se preparava para se entregar ao martírio.
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A maioria absoluta dos prisioneiros de guerra era formada por mulheres e crianças, encenando um triste espetáculo aos soldados que os recebiam. Certa criança cobria seu rosto com um chapéu para esconder a boca atravessada por uma bala. Jovens em estado deplorável contavam aos militares o drama de suas tragédias.
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Um garoto de nove anos chamou a atenção de todos ao demonstrar conhecimento e habilidade ao manejar diversos armamentos.
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O autor ressalta que deveria ser preocupação do governo não só combater os revoltosos daquela região, mas também lhes propagandear as vantagens que teriam ao se modernizarem e fazerem parte da sociedade mais avançada.
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NA ESTRADA DE MONTE SANTO, PALIMPSESTOS ULTRAJANTES
No caminho para a base de operações as tropas frequentemente se deparavam com dezenas de soldados feridos e convalescentes, o que lhes alterava o ânimo. Única exceção fora a passagem pelo sítio de Cansação, vilarejo familiar cujo chefe saudou os militares com muito fervor.
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Assim como na capela de Queimadas, inscrições de protesto tomavam conta de todos os muros que se erguiam em torno da estrada.
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EM MONTE SANTO
A chegada a Monte Santo reanimava os viajantes, já que ali estruturou-se uma forte base, com enormes acampamentos e um hospital bem equipado. Era possível encontrar todo tipo de personagens: oficiais, repórteres, estudantes… Dali saíam comboios diários a Canudos, o que garantiria o sucesso final da empreitada.
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EM CANUDOS, UMA “VAIA ENTUSIÁSTICA”
No início de setembro surgiam resultados animadores para o exército: líderes dos jagunços eram alvejados e as torres da igreja nova, que eram pontos estratégicos para os sertanejos, foram derrubadas em meio a vaias e comemorações.
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TRINCHEIRA SETE DE SETEMBRO, ESTRADA DE CALUMBI
Os avanços se davam por todos os lados: soldados entrincheirados na Fazenda Velha tiveram condições de combater os revoltosos; descobriu-se uma nova estrada, de Calumbi, que encurtava em um dia a viagem entre Monte Santo e Canudos; o arraial já era cercado por quase todos os lados.
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