4 - Uma teoria nova
Após formular uma teoria que considera revolucionária, Dr. Simão convida Crispim Soares a conhecê-la: seus estudos com os doentes mentais o levaram a concluir que a loucura era muito mais abrangente do que parecia e que só poderiam ser considerados sãos aqueles que não têm absolutamente nenhum desvio de comportamento.
O boticário achou extremista a proposta do doutor, mas não pode deixar de apoia-lo, como fazia em todas as circunstâncias, e sugeriu que sua descoberta fosse “caso de matraca”, ou seja, deveria ser divulgada publicamente – na época eram contratados homens com matracas que saíam pelas ruas chamando a atenção do povo e espalhando notícias. Dr. Simão, no entanto, achou melhor colocar a teoria logo em prática.