
5 - O agregado
Se naquela situação José Dias era vagaroso, em outras era ágil, risonho ou grave, conforme melhor se encaixasse na cena.
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Ele era agregado da família há muito tempo, quando ainda moravam numa fazenda em Itaguaí. Apresentando-se como médico homeopata, curou alguns escravos de uma febre e foi convidado pelo pai de Bentinho a morar com eles. Quando mudaram-se para o Rio se Janeiro, pela eleição do pai de Bentinho para deputado, José Dias os acompanhou.
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Numa nova ocorrência de febre nos escravos de Itaguaí ele recusou-se a atendê-los: assumiu que não era médico, havia mentido, apenas estudara um pouco de homeopatia, mas não poderia continuar a farsa, pediu para ser mandado embora. Mas José Dias já era como alguém da família e o pai de Bentinho não quis dispensá-lo.
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Com a morte do pai de Bentinho, José Dias procurou por sua mãe, dizendo que partiria, mas Dona Glória novamente pediu que ele ficasse, e ele ficou. Chegou a receber alguma herança e palavras elogiosas no testamento, que guardava com orgulho.
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Às vezes José Dias comentava sobre uma viagem que fizera à Europa, dizia ter amigos em Lisboa, e que só não deixava o Rio de Janeiro pelo apreço que tinha àquela família – que para ele estava abaixo somente de Deus. Com esse papo conquistava a confiança de Dona Glória, que era muito religiosa, e ganhava cada vez mais liberdade para opinar nos assuntos familiares.
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