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  • Foto do escritor: Bruno Alves Pinto
    Bruno Alves Pinto
  • 15 de jul. de 2015
  • 1 min de leitura

Atualizado: 5 de nov.


Resumo Por Capítulo: Vidas Secas


4 - Sinhá Vitória


Sinhá Vitória acendia uma fogueira para preparar comida. Vendo o fogo surgir, a cadela Baleia se exalta e pula ao lado de sua dona, que lhe dá um pontapé. “Arreda!”

Sinhá Vitória não estava bem. Incomodava-se com a cama de varas, queria uma cama de couro, como a de Seu Tomás da bolandeira. Fabiano até tentou calcular um jeito de comprar a tal cama, mas se perdeu nos números. Propôs que se economizasse nas roupas e no querosene. Sinhá Vitória achou um absurdo a proposta, pois eles já se vestiam mal e pouco usavam o querosene, se recolhiam cedo todas as noites. Ela sugeriu que o problema do dinheiro eram os gastos com pinga e jogo. Ele retrucou que muito era gasto com sapatos caros que ela usava em festas, com os quais ela mal sabia andar, parecia um papagaio. Sinhá Vitória entristeceu-se com a comparação.

Enquanto preparava a comida Sinhá Vitória pensava na seca, que poderia voltar. Rezou. Fabiano roncava, dormindo. Ela pensava no quanto era ruim seu marido: quando se arrastavam pela caatinga, deixava-a carregar sozinha o baú, o filho mais novo e o papagaio. Chamou seus filhos que brincavam no barro. Consertou uma cerca quebrada.

Voltou a pensar na cama. Venderia galinhas e a marrã (porca nova desmamada). Nem consultaria Fabiano, ele se entusiasmaria com a ideia e depois desistiria. Sinhá Vitória queria mesmo era a cama como a do Seu Tomás da bolandeira.




 
 
 

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e eu que amo

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