Capítulo 42
Ainda sobre as ruínas portuguesas, o autor defende que seria melhor que estivessem simplesmente abandonadas, tomadas pela natureza, do que terem sofrido as modificações que sofreram, que desconfiguraram totalmente os prédios originais.
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Antes de partir de Santarém lembra que precisa visitar também o túmulo del-rei Fernando. Ao encontrá-lo, descobre que este também está violado, com um buraco na lateral, que provavelmente foi usado para o roubo de possíveis joias que teriam sido enterradas com o rei. Decidiu meter o braço dentro do túmulo e descobriu duas caveiras: de um homem e de uma criança. Riu-se ao imaginar os ladrões do túmulo percebendo que a cova de um rei é igual à cova de um mendigo: ossos, terra e pó.
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Lamenta esse descuido com os restos mortais de grandes portugueses, como Camões e Duarte Pacheco – dos quais não se sabe onde estão os túmulos. Ataca então a sociedade portuguesa como um todo de forma violenta.
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Cita Jesus expulsando os mercadores do templo como argumento para sua postura: apesar de Cristo ter sido paciente e tolerante, ao ver agiotas agindo dentro do templo partiu para a ação direta, levando-os para fora.
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