Parte 2
Capítulo 13 - A bolsa
Jão Fera estava de passagem próximo à casa de Zana, no mesmo horário em que Berta costumava passar por lá. Percebendo isso, Jão saiu correndo do local – não cruzava com a menina desde o dia da tocaia malsucedida e não queria vê-la.
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Absorto em seus pensamentos, não notou que no barranco abaixo dele Brás cavava a terra. O idiota pensava em enfraquecer a estrutura do lugar para que, um dia, quando Jão Fera passasse por ali, tudo viesse abaixo. Não foi naquele dia que isso aconteceu.
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Fera continuou em fuga, até ouvir passos na estrada próxima: observou Luís Galvão passando próximo. Não teve coragem de atacá-lo, lembrando-se do pedido de Berta.
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Após Luís passar a salvo, Jão encaminhou-se à pousada de Chico Tinguá, lá Barroso o esperava. Ao falar que não cumpriu o trato, que não atacou Luís Galvão, Barroso zombou dele. Enfurecido, Jão Fera o derrubou no chão, mas lamentou que ainda tivesse uma dívida com o homem e por isso não acabaria com ele – Jão não aceitou o relicário de Berta.
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Após Barroso se retirar, Jão observou uma bolsa cheia de moedas no chão. O Fera, honesto, chamou Chico para que ele devolvesse a bolsa a Barroso. Jão já ia se distanciando quando Tinguá correu até ele, entregando-lhe uma moeda que Barroso havia dado em recompensa pela devolução da bolsa.
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No meio da mata, Jão Fera cruzou com um mercador que contava seu dinheiro encostado a uma árvore.
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