Décimo capítulo - A DOENÇA DO PÂNTANO
Tuahir admirava como a paisagem ao redor do ônibus sofria transformações com o tempo. Agora eles estavam em frente a um imenso pântano, de onde era possível ouvir o barulho do mar. Muidinga quis ver as águas de perto e seguiram os dois em meio ao lamaçal.
A longa caminhada invadiu a noite, quando grandes mosquitos atormentavam os caminhantes. No dia seguinte Tuahir tinha as orelhas inchadas de tanta picada e começou a sentir febre. Ele dizia que o mal-estar era devido ao barulho de pássaros que os cercavam, mas Muidinga não enxergava nenhum. O velho pendurou-se de ponta-cabeça numa árvore para ajudar seu “sangue fraco”, conforme sua mãe fazia com ele quando criança. O garoto já estava arrependido de ter saído do ônibus e Tuahir pede que o ele saia por aí espantando as aves que o incomodavam.