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Resumo Por Capítulo: Sapiens, Uma Breve História da Humanidade

PARTE TRÊS: A UNIFICAÇÃO DA HUMANIDADE


Capítulo 9


A SETA DA HISTÓRIA


O capítulo explora a natureza dinâmica das culturas humanas e a busca por uma direção na história. O autor desafia a visão tradicional de culturas como entidades estáticas e harmoniosas, argumentando que elas estão em constante transformação, impulsionadas por mudanças no ambiente, interações com outras culturas e contradições internas.


A busca por resolver essas contradições leva a mudanças culturais, como exemplificado pela tentativa da nobreza medieval de conciliar o cristianismo e o código da cavalaria, resultando nas Cruzadas e em novas ordens militares. A ordem política moderna também enfrenta a contradição entre igualdade e liberdade individual, gerando diferentes abordagens políticas, como o liberalismo e o comunismo.


O SATÉLITE DE ESPIONAGEM


O autor questiona se a história tem uma direção e responde afirmativamente, argumentando que, em uma perspectiva de longo prazo, a tendência é a unificação das culturas em megaculturas cada vez maiores e mais complexas. Embora haja fragmentações e rupturas no nível micro, a longo prazo a história se move em direção à unidade.


Para ilustrar essa ideia, o autor usa o exemplo da Tasmânia, uma ilha isolada por 12 mil anos, que representava um mundo humano distinto até a chegada dos europeus no século XIX. A América e a Europa também foram mundos separados por muito tempo, com eventos históricos ocorrendo de forma independente em cada continente.


No entanto, o número de mundos humanos distintos diminuiu ao longo da história. Em 10.000 a.C., havia milhares; em 2000 a.C., centenas; e em 1450, a maioria da população vivia no megamundo afro-asiático, com outros quatro mundos menores: mesoamericano, andino, australiano e oceânico. Nos séculos seguintes, o mundo afro-asiático absorveu os demais, culminando na globalização atual.


A VISÃO GLOBAL


Embora a globalização prática tenha se intensificado nos últimos séculos, a ideia de uma ordem universal surgiu no primeiro milênio a.C., com o surgimento de religiões universais e missionárias, como o budismo, o cristianismo e o islamismo. Essas religiões, diferentemente das locais e exclusivas do passado, buscavam a conversão de toda a humanidade a uma única verdade.


O autor destaca que essa visão global foi inicialmente promovida por mercadores, conquistadores e profetas, que viam a humanidade como um mercado único, um império único ou uma comunidade de crentes em potencial. Essa perspectiva rompia com a tendência humana natural de se dividir em "nós" e "eles", abrindo caminho para a unificação da humanidade.


Nos últimos milênios, a busca por concretizar essa visão global se intensificou, culminando no mundo atual, onde a maioria das pessoas compartilha do mesmo sistema geopolítico, econômico, jurídico e científico. Embora a cultura global não seja homogênea, todos estão interconectados e influenciam uns aos outros. A história se transformou na história de uma única sociedade humana integrada.



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