PARTE TRÊS: A UNIFICAÇÃO DA HUMANIDADE
Capítulo 12
A LEI DA RELIGIÃO
O capítulo se inicia com a descrição de um mercado em Samarcanda e do exército de Kublai Khan para ilustrar como o comércio e os impérios unificaram a humanidade, conectando pessoas de diferentes culturas e regiões. No entanto, o autor argumenta que a religião foi outro grande unificador, ao fornecer legitimidade sobre-humana às ordens sociais, que são, em sua essência, construções frágeis da imaginação humana. A religião é definida como um sistema de normas e valores baseado na crença em uma ordem sobre-humana, que não é produto de caprichos ou acordos humanos. Para unificar grandes grupos de pessoas, uma religião precisa ser universal, afirmando uma ordem sobre-humana válida em todos os lugares, e missionária, buscando difundir essa crença para todos.
SILENCIANDO OS INOCENTES
O autor explora o impacto da Revolução Agrícola na religião, argumentando que ela transformou plantas e animais de seres com direitos em propriedade humana. Essa mudança criou a necessidade de deuses mediadores, como a deusa da fertilidade e o deus da chuva, para garantir colheitas abundantes e rebanhos saudáveis. A religião passou a ser um contrato em que os humanos ofereciam devoção e sacrifícios em troca do controle sobre a natureza.