PARTE TRÊS: A UNIFICAÇÃO DA HUMANIDADE
Capítulo 11
VISÕES IMPERIAIS
O autor inicia o capítulo com o exemplo da cidade de Numância, que resistiu bravamente à dominação romana, mas acabou sendo derrotada e destruída. Apesar da resistência heroica, a cultura e a língua dos numantinos foram apagadas, enquanto o legado romano persiste até hoje na Espanha. Essa narrativa serve para ilustrar a ideia central do capítulo: a história é escrita pelos vencedores, e os impérios, apesar de sua violência e opressão, deixam um legado cultural duradouro que molda as sociedades contemporâneas. A maioria das pessoas hoje vive em países que foram, em algum momento, parte de um império, e suas culturas, línguas e instituições carregam as marcas desse passado imperial.
O autor destaca que a história não é justa, e que muitas culturas foram apagadas da memória pela ação de impérios implacáveis. No entanto, ele também reconhece que os impérios desempenharam um papel decisivo na unificação da humanidade e na disseminação de ideias, tecnologias e instituições. O legado dos impérios é complexo e ambivalente, e a compreensão da história exige que enxerguemos além da narrativa simplista de "mocinhos e bandidos". Afinal, a própria cultura e identidade de cada um de nós é, em parte, fruto da ação de impérios do passado.