Romance XXIV ou Da bandeira da Inconfidência
No poema, Cecília Meireles descreve um cenário de conspiração e vigilância, onde os inconfidentes se reúnem secretamente "atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas". O ambiente é carregado de tensão e desconfiança, com "olhos colados aos vidros" e "caras disformes de insônia" espiando as atividades alheias. Este clima de espionagem e medo reflete o contexto histórico em que a Inconfidência Mineira se desenvolveu, marcado pela opressão colonial e pelo desejo de liberdade.
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Meireles destaca a diversidade dos conspiradores, com "finas mãos pensativas" ao lado de "grossas mãos vigorosas", simbolizando a união de diferentes classes sociais e interesses em torno do ideal libertário. A menção a figuras históricas e literárias, como Vergílio e Horácio, aponta para a influência das ideias iluministas e clássicas na formação dos ideais dos inconfidentes. Além disso, o poema discute questões práticas e políticas, como "minas e impostos" e "ministros e rainhas", refletindo as preocupações dos conspiradores com a situação econômica e política do Brasil colonial.
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