Romance XLVII ou Dos sequestros
Meireles descreve com minúcia o confisco dos bens dos inconfidentes. As "ordens já são mandadas" e os "meirinhos" (oficiais de justiça) se apressam a invadir casas, vasculhando salas e alcovas, listando objetos pessoais como roupas, livros e pertences variados. A repetição do verso "as ordens já são mandadas, já se apressam os meirinhos" reforça o caráter meticuloso e impiedoso da ação, acentuando a sensação de invasão e desrespeito à intimidade dos inconfidentes.
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Os itens mencionados no poema – desde casacas de seda até volumes de Horácio e tratados eruditos – não são apenas uma enumeração de bens materiais, mas também representam o universo cultural e intelectual dos conspiradores, que incluía influências de pensadores iluministas como Mably e Voltaire. O confisco desses bens simboliza a repressão ao espírito de liberdade e à busca por conhecimento, aspectos centrais do ideário inconfidente.
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