Romance XLVI ou Do caixeiro Vicente
Meireles explora a ironia trágica da traição de Tiradentes por alguém que ele tratou como dentista. A referência à mordida nos primeiros versos já estabelece um jogo de palavras que destaca a traição de Vicente Vieira da Mota, o delator de Tiradentes. A ironia está no fato de que Tiradentes, que supostamente serviu de dentista a Vicente, é "mordido" por este em um sentido figurado, indicando a traição que sofre. O trabalho de Tiradentes como dentista é "mal-empregado" porque seus próprios esforços para ajudar são utilizados contra ele.