Romance LXXXIV ou Dos cavalos da Inconfidência
No poema os cavalos são personificados e descritos de maneira quase mística, como testemunhas silenciosas da história. A repetição da frase "Eles eram muitos cavalos" ao longo do poema sublinha a onipresença e a importância desses animais no contexto da Inconfidência Mineira. Os cavalos, com suas crinas ao vento e seus olhos tranquilos, são apresentados como parte integrante do cenário natural das serras e dos rios de Minas Gerais, e como participantes involuntários dos eventos históricos.
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Os cavalos, ao transportarem coronéis, magistrados, poetas, e outras figuras importantes da época, tornam-se observadores passivos das intrigas, segredos e paixões humanas. Através de seu galope, eles conectam diversos pontos geográficos importantes, como Mariana, Serro Frio, Vila Rica e Rio das Mortes, demonstrando a extensão e a complexidade do movimento inconfidente. Eles também são descritos como ouvintes das músicas e dos lamentos dos escravos, ressaltando a presença da escravidão e o sofrimento humano que permeava aquele período.
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