Romance LXVII ou Da África dos setecentos
Neste poema, Meireles descreve a África como um lugar de sofrimento e desespero, destacando a condição dos negros que foram forçados a deixar seu continente natal. As imagens evocadas são de dor, cativeiro e morte prematura, ressaltando o impacto devastador do tráfico de escravos. A referência às "febres" como "grandes barcas movendo esbraseados remos" sugere não apenas as condições insalubres e mortais enfrentadas pelos escravos durante a travessia atlântica, mas também a desesperança e o sofrimento contínuo.
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O poema também trata da luta interna dos presos, comparando-a a uma batalha com pesadelos em meio a espelhos curvos, o que pode simbolizar a distorção de suas identidades e a perda de suas raízes culturais. A saudade é descrita como uma "pena de morte" para ser cumprida em degredo, enfatizando o tormento emocional e a desconexão dos escravos com sua terra natal.
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