Romance LV ou De um preso chamado Gonzaga
No poema em questão, a poetisa foca-se na figura de Tomás Antônio Gonzaga, um dos líderes do movimento, que foi preso e condenado pelo envolvimento na conspiração.
O poema explora a interioridade do preso, questionando o que ele pensa enquanto conhece todas as leis e, ainda assim, encontra-se indefeso. Este paradoxo reflete a ironia e a tragédia de um magistrado, outrora respeitado e austero, agora visto como criminoso. Meireles destaca a ambiguidade moral e a injustiça, sugerindo que tudo no mundo mente, o que pode ser interpretado como uma crítica à hipocrisia das instituições e à relatividade das verdades sociais.