Retrato de Marília em Antônio Dias
Marília, referida no poema, é uma alusão a Maria Doroteia Joaquina de Seixas, a musa inspiradora do poeta inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, que a imortalizou sob o pseudônimo de Marília em sua obra "Marília de Dirceu". Abandonada por seu amado, ela vive resignada no bairro Antônio Dias, em Vila Rica.
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Assim sendo, a imagem de Marília é construída a partir de uma reflexão sobre a passagem do tempo e a inevitabilidade da morte. A Marília que "sobe vagarosa a ladeira da sua igreja" é retratada como uma sombra de seu antigo ser, uma rosa outrora clara e nacarada, cujos cabelos, que antes eram de um "negro veludo ondulado", agora são prateados pela idade. A transição da juventude para a velhice, da vida para a morte, é um tema central. Marília é apresentada como alguém que "já não pertence mais à terra" e que apenas na morte encontra uma espécie de vida, uma presença mais duradoura do que a sua existência terrena.
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