Fala à Comarca do Rio das Mortes
A poetisa traça um retrato melancólico e desolador da região do Rio das Mortes, outrora próspera e vibrante. Com o uso de uma linguagem evocativa e imagens vívidas, ela nos transporta para um lugar marcado pelo abandono e decadência. As interrogações repetitivas — "Onde, o gado que pascia / e onde, os campos e onde, as searas?" — reforçam a ideia de perda e desolação. Há um contraste entre a antiga opulência, representada por searas, maçãs reluzentes e girassóis, e a atual decadência, com casas caindo, pedras gastas e ruas cansadas.