Fala à antiga Vila Rica
Meireles aborda a cidade de Vila Rica (atualmente Ouro Preto), que foi um dos principais palcos da Inconfidência. A autora personifica a cidade e seus elementos arquitetônicos, como os chafarizes, para ilustrar o silêncio e a estagnação que tomaram conta do local ao longo do tempo. A imagem dos rostos dos chafarizes cobertos de limo, musgo e liquens simboliza o abandono e a passagem do tempo que congelou a antiga glória da cidade.
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O poema evoca a memória de Vila Rica, comparando o silêncio da cidade ao movimento constante e claro das águas das fontes. Meireles sugere que a cidade ainda possui uma voz, um discurso "longo, triste", mas que os habitantes atuais, presos na "terra surda" onde os homens pisam, não conseguem mais compreender. Esta metáfora reflete a desconexão entre o presente e o passado, e a dificuldade de captar a profundidade histórica e cultural que permeia Vila Rica.
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Ao questionar se o discurso da cidade ainda pode ser ouvido ou compreendido, Meireles expressa um lamento pela perda de conexão com a história e as lições que ela carrega. As "amáveis sombras" mencionadas no poema representam os inconfidentes e outros personagens históricos que jogaram seu destino em uma aposta desesperada contra o domínio colonial, enfrentando "sobre-humanas fatalidades".
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