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  • Iracema - Capítulo 7

    Capítulo 7 Iracema andava cuidadosa por entre as árvores quando percebe a presença de outro guerreiro: era Irapuã que a perseguira e desejava matar o homem branco, acreditando que ao beber seu sangue poderia ganhar também o amor de Iracema. A indígena repreende o tabajara, afirmando que ele não poderia entrar sozinho no território sagrado da jurema, e o ameaça com sua flecha. Irapuã chega a levantar seu tacape, mas retrocede jurando vingança ao guerreiro que era protegido pela mulher. Iracema passa a noite velando por Martim.

  • Iracema - Capítulo 6

    Capítulo 6 Mais uma vez o sol se punha quando Iracema encontra o guerreiro branco com o olhar entristecido, com saudade de suas terras e de seu povo. A índia suspeita que o homem tenha uma noiva à sua espera, mas Martim argumenta que ela não seria tão bela quanto a selvagem. Iracema leva o forasteiro ao bosque da jurema, onde lhe oferece a bebida mágica que o leva em sonhos à sua terra natal, como se experimentasse todo o seu passado de uma forma maravilhosa. O transe, no entanto, acaba levando-o de volta à floresta e Martim chama pelo nome de Iracema, que aproxima-se do guerreiro, prestes a tocar seus lábios, até levantar-se abruptamente com seu arco.

  • Iracema - Capítulo 5

    Capítulo 5 O dia estava prestes a amanhecer quando a tribo tabajara se reúne no centro da aldeia e Irapuã solta um grito de guerra contra os pitiguaras - ou “potiguaras”, como chamava, em referência ao fato de viverem à beira do mar e se alimentarem de camarões, como bárbaros, enquanto os tabajaras viviam nas montanhas, onde se cultivava mandioca e algodão. Ele denuncia que os inimigos estariam se unindo aos emboabas - guerreiros brancos, estrangeiros - e em breve invadiriam suas terras. A tribo se agitava com a iminência do combate e realizava o ritual de passar o tacape, uma arma do guerreiro, de mão em mão, confirmando a disposição em lutar. Porém Andira, um velho guerreiro, larga o tacape no chão e argumenta que a luta só deveria ser iniciada quando os emboabas chegassem às montanhas, o que é denunciado por Irapuã como uma covardia do ancião.

  • Iracema - Capítulo 4

    Capítulo 4 Iracema desejava bons sonhos a Martim, deixando-o na companhia das mais belas mulheres da aldeia, mas o homem queixava-se por não poder passar a noite com ela – a filha do Pajé era responsável por guardar o segredo da jurema, uma bebida inebriante usada em rituais, e portanto precisava manter-se virgem. Quando caiu a noite o guerreiro branco afastou-se em silêncio da aldeia dos tabajaras, que celebravam a chegada de Irapuã, seu maior guerreiro, vindo na missão de agrupar combatentes contra os pitiguaras. No meio do caminho, porém, ele descobriu estar sendo seguido por Iracema, que entristecida com a fuga lhe pediu que retornasse à cabana de Araquém e aguardasse seu irmão, Caubi, que poderia guiá-lo em segurança durante seu retorno.

  • Iracema - Capítulo 3

    Capítulo 3 Chegando à taba de Araquém o estrangeiro foi servido com a hospitalidade tradicional dos tabajaras: Iracema lhe ofereceu alimentos e bebidas, enquanto seu pai lhe garantia um abrigo seguro, com proteção de seus guerreiros e a companhia das mulheres da tribo. Martim, como então se identificou o forasteiro, revelou que fazia parte do primeiro grupo de brancos que chegara àquelas terras, mas que havia se separado de seus irmãos, vivendo desde então na tribo dos pitiguaras (inimiga dos tabajaras), com seu amigo Poti, de quem se perdera durante uma caçada.

  • Iracema - Capítulo 2

    Capítulo 2 Nativa daquelas mesmas terras, Iracema é uma jovem virgem, descrita com muita sensualidade em traços que relacionam seus atributos a elementos naturais: lábios de mel, cabelos negros como as penas de uma ave, sorriso doce como favos de abelhas... Pertencente à tribo guerreira dos tabajaras, a índia repousava após um banho, empunhando seu arco e flecha, acompanhada somente de uma pequena ave amiga – uma “ará”, na língua tupi. Iracema é surpreendida pela figura de um estranho guerreiro a vigiá-la: de pele branca, olhos claros e vestido com panos incomuns, o homem é recebido imediatamente com uma flecha que parte da indígena e fere levemente seu rosto. Hesitante em pegar sua espada para responder ao ataque, uma vez que provinha de uma cultura em que era devido respeito a quaisquer mulheres, o guerreiro branco acabou sendo socorrido pelas mesmas mãos que o feriram: Iracema arrependeu-se e quebrou sua flecha, como sinal de paz com o breve inimigo, e o convidou à cabana de seu pai, Araquém, Pajé dos tabajaras.

  • Iracema - Capítulo 1

    Capítulo 1 Desenha-se a cena em que uma jangada, movida pelo vento em sua vela, é levada rumo ao oceano, cruzando as verdes ondas do mar, carregando consigo três figuras: um guerreiro branco, uma criança e um cachorro, sendo que estes dois últimos eram nativos das florestas que formam a costa do Ceará, de onde eles partem. Um grito chamando pelo nome de “Iracema” é ouvido ao longe. Uma lágrima escorre pela face do estrangeiro. O narrador revela que o exílio destes viajantes se deu por conta de uma história que ele ouvira quando criança. Desejando sorte aos aventureiros, que parecem deixar saudades em suas terras, ele finaliza o primeiro capítulo.

  • Iracema - Prólogo

    Prólogo O autor, José de Alencar, um cearense radicado no Rio de Janeiro, que era corte do Império do Brasil naquela época, envia uma carta com sua obra para a apreciação de um amigo conterrâneo, enfatizando que sua escrita continha fortes traços da cultura da região, com elementos que o fazem lembrar da sua infância naquelas terras em que crescera – sob o ar silvestre e tropical que dominava o ambiente. José de Alencar confessa esperar que os seus escritos sejam recebidos com uma mesma hospitalidade que considera tradicional em seu povo, a quem ele dedica a própria obra. O autor avisa, ainda, que retornará ao final do livro para revelar mais elementos que serão complementares à leitura.

  • Marília de Dirceu - Soneto XIII

    Soneto XIII Este soneto evoca a época de heroísmo e virtude em Portugal, referindo-se a figuras históricas e a uma era em que a honra e a coragem eram altamente valorizadas. Ele lamenta a perda dessa era de inocência e felicidade. ANÁLISE DETALHADA Referências Históricas: O soneto menciona figuras históricas portuguesas e suas características marcantes, como o "torcido buço" (bigode) e ações que simbolizavam força e honra. Nuno Álvares Pereira e D. João de Castro são destacados como exemplos de coragem e integridade. Contraste com o Presente: Dirceu contrasta essa época passada de virtude com o presente, sugerindo uma perda de valores e qualidades heroicas. Há uma nostalgia por um tempo considerado mais "puro" e "inocente". Visão Idealizada do Passado: O poema idealiza o passado, pintando um quadro de um Portugal onde a honra e a justiça supostamente prevaleciam. O poeta expressa saudade de uma era em que as mulheres respeitavam a autoridade dos maridos e a sociedade seguia uma ordem moral rigorosa. Crítica Social Implícita: O poema pode ser lido como uma crítica à degeneração dos valores contemporâneos ao autor, refletindo um desejo de retorno a uma sociedade mais estruturada e virtuosa. CONCLUSÃO Neste soneto, Tomás Antônio Gonzaga expressa uma visão nostálgica e idealizada do passado de Portugal, destacando a coragem, a honra e a ordem social que, segundo ele, caracterizavam essa época. O poema sugere uma crítica à perda desses valores no presente, revelando uma tensão entre o passado glorioso e o presente percebido como decadente. Dirceu usa a poesia para evocar a grandiosidade histórica de Portugal, ao mesmo tempo que lamenta o que considera ser a degeneração dos valores contemporâneos. Este foi o Resumo Por Capítulo de Marília de Dirceu. Veja a seguir a análise dos personagens, o resumo geral da obra.

  • Marília de Dirceu - Soneto XII

    Soneto XII Este soneto descreve as ações e atitudes do eu lírico em sua vida pública e pessoal. Ele destaca sua conduta justa e equilibrada, seu respeito pela sabedoria e sua empatia no exercício de seus deveres, especialmente como juiz. ANÁLISE DETALHADA Retrato de Justiça e Equilíbrio: O eu lírico enfatiza sua orientação por sabedoria e justiça, agindo com consideração e respeitando a igualdade. Empatia na Administração da Justiça: Ao julgar, ele demonstra uma abordagem humana, equilibrando a lei com a compaixão, evidenciada pelo seu riso ao salvar um justo e lágrimas ao condenar um culpado. Desapego ao Materialismo: Contrapondo-se à cobiça e ao materialismo, o eu lírico expressa que seus objetivos não eram acumular riquezas materiais, mas sim ganhar afeto e memórias valorosas. Valorização das Relações Humanas: O poema conclui com o eu lírico valorizando as relações humanas e experiências como seus verdadeiros tesouros, sugerindo uma riqueza interior que supera qualquer bem material. CONCLUSÃO Neste soneto, Tomás Antônio Gonzaga apresenta um autorretrato de integridade e humanidade, destacando a importância de valores como justiça, empatia e desapego material. Ele coloca as relações humanas e o respeito mútuo acima de ganhos materiais, sugerindo que a verdadeira riqueza reside nas experiências vividas e nas conexões estabelecidas com os outros. Este poema reflete a filosofia de vida do autor e sua visão sobre o que constitui uma vida plena e significativa.

  • Marília de Dirceu - Soneto XI

    Soneto XI Este soneto descreve a luta interna do eu lírico, que estava acorrentado e insensível à razão devido ao amor, e vivia em um estado de esquecimento e isolamento. A falsidade de Laura, uma mulher que ele amava, foi a chave para sua libertação emocional, fazendo-o perceber a importância da liberdade, mesmo que conquistada através da traição. ANÁLISE DETALHADA Cativeiro Emocional: O poema começa com a metáfora das "pesadas cadeias" e "trevas", simbolizando o estado de cativeiro emocional do eu lírico causado pelo amor. Insensibilidade à Razão: Há uma referência à surdez à razão, sugerindo que o amor o tornou irracional e desequilibrado, perdendo a conexão consigo mesmo e com os outros. Alívio Através do Sofrimento: O eu lírico encontra algum alívio em expressar sua dor por meio de gemidos, o que indica a profundidade de seu sofrimento e desespero. Iluminação por Traição: A revelação da falsidade de Laura é o ponto de virada do poema. O eu lírico, ao se dar conta da traição, encontra forças para quebrar as correntes emocionais que o prendiam. Valorização da Liberdade: A conclusão do poema celebra a libertação do eu lírico. Apesar de a liberdade vir através da traição, ela é vista como um bem precioso, preferível ao amor que aprisiona. CONCLUSÃO Este soneto retrata um percurso de dor e aprisionamento emocional à libertação e apreciação da liberdade. A traição amorosa, embora dolorosa, é o catalisador que desperta o eu lírico para a realidade, ressaltando a importância da autonomia emocional e do autoconhecimento. Gonzaga transmite um tema universal sobre como o amor pode cegar e prender, e como a dor da traição pode, paradoxalmente, ser um caminho para a libertação pessoal. O soneto realça a complexidade das emoções humanas, onde a dor pode ser um elemento transformador, levando à reflexão e ao crescimento pessoal. A mensagem do poema é atemporal, ressoando com qualquer pessoa que já experimentou o conflito entre amor e liberdade.

  • Marília de Dirceu - Soneto X

    Soneto X O poema expressa uma despedida melancólica do eu lírico para locais e seres queridos, incluindo uma cabana, seu gado e um instrumento musical (rabil), devido ao sofrimento causado pela traição de Albina. Ele pede ao rabil para não revelar a causa de seu exílio e, caso encontrasse um pastor desconhecido, para alertá-lo sobre o perigo de se apaixonar por uma pastora cruel e traidora na aldeia. ANÁLISE DETALHADA Despedida e Melancolia: O poema começa com uma despedida emotiva a elementos simples da vida do eu lírico, simbolizando a perda e a tristeza resultantes da traição. Ingratidão de Albina: Albina, mencionada como ingrata, é a fonte da dor do poeta. A repetição do termo "adeus" reforça o sentimento de abandono e desilusão. Mensagem ao rabil: O instrumento árabe de cordas, personificado, é encarregado de guardar o segredo da dor do poeta. Essa comunicação com um objeto musical ilustra a solidão e o desespero do eu lírico, buscando consolo no próprio instrumento artístico. Advertência: Há um aviso para que outros não sofram o mesmo destino. O eu lírico se preocupa em proteger futuros amantes da decepção que ele experimentou. Imagem da Pastora: A pastora, embora fisicamente bela, é retratada como emocionalmente fria e traiçoeira. Essa dualidade entre aparência e caráter é uma crítica sutil à superficialidade das relações humanas. CONCLUSÃO Este soneto de Tomás Antônio Gonzaga reflete a dor aguda da traição amorosa e a desilusão subsequente. Um instrumento musical (rabil) serve como confidente do eu lírico, enfatizando sua solidão e desamparo. O poema é um retrato pungente do coração partido e do aviso aos outros para evitarem um destino semelhante, demonstrando a capacidade do poeta de transformar experiências pessoais em arte universalmente ressonante.

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