O HOMEM: Capítulo 2
GÊNESE DOS JAGUNÇOS
O narrador analisa historicamente o rio São Francisco e os povos que se desenvolveram às suas margens: ainda na região de Minas Gerais suas águas serviram de caminho aos bandeirantes que buscavam ouro e mão de obra escrava; na região litorânea suas margens serviram de ocupação para missões jesuíticas; numa zona média estabeleceu-se o vaqueiro como figura constante, sendo a única efetivamente ligada à terra.
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FUNÇÃO HISTÓRICA DO SÃO FRANCISCO
Dessa forma o rio serviu ao encontro de povos distintos, do sul e do norte. Desde o século XVIII a vocação pastoril de seu entorno foi explorada com um povoamento que permaneceu alheio às agitações do litoral (expulsão de invasores holandeses) e à febre da mineração nas gerais.
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OS JAGUNÇOS: COLATERAIS PROVÁVEIS DOS PAULISTAS
O autor revela registros históricos que relatam a ocupação pioneira do sertão do norte por famílias paulistas.
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O VAQUEIRO
O vale médio do São Francisco foi o berço de uma raça que cruzava o sangue aventureiro dos paulistas e a impulsividade natural dos indígenas, sendo os últimos dominados pelos primeiros. As características físicas do meio exigiram de tal sertanejo a adaptação necessária para uma vida dura e penosa, sempre suscetível a momentos de crise.
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FUNDAÇÕES JESUÍTICAS NA BAHIA
Chegando ao sertão os paulistas se depararam com alguns povoados ainda mais antigos, remanescentes de aldeias indígenas que se tornaram cidades sob o comando de padres jesuítas, franciscanos e capuchinhos. As campanhas do Marquês de Pombal contra as atividades dos religiosos favoreceram a dominação de algumas regiões por bandeirantes ambiciosos, que estabeleceram um sistema semifeudal de administração das terras.
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CAUSAS FAVORÁVEIS À FORMAÇÃO MESTIÇA DOS SERTÕES, DISTINGUINDO-A DOS CRUZAMENTOS NO LITORAL
O narrador considera que a formação de uma subcategoria étnica uniforme por todo o sertão do norte é resultado do isolamento geográfico e político da região: a divisão da colônia em sesmarias incentivou o latifúndio e restringiu a comunicação e o comércio com o entorno.
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UM PARÊNTESES IRRITANTE
Baseando-se em estudos raciais de sua época, o escritor ressalta a fragilidade e a inaptidão dos mestiços em se adaptarem às culturas que os originaram, o que os torna seres inferiores e sem objetivos.
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UMA RAÇA FORTE
Em contraposição às teorias apresentadas, o sertanejo surge com resistência física e desenvolvimento intelectual adequados ao ambiente exigente do sertão e longe das convenções sociais da civilização litorânea.
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