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Resumo Por Capítulo: Os Sertões

EXPEDIÇÃO MOREIRA CÉSAR: Capítulo 1


MOREIRA CÉSAR E O MEIO QUE O CELEBRIZOU

A Campanha de Canudos ocorreu num momento crítico da história nacional: incompreendida e desorganizada, a República era alvo de inúmeras críticas e revoltas.


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FLORIANO PEIXOTO

Intitulado “marechal de ferro”, Floriano Peixoto foi uma figura enigmática: pôs fim à desordem com a desordem, destruiu e originou revoltosos.


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Estabelecido o primeiro governo civil, as figuras militares mantiveram sua relevância no imaginário da população. O coronel Antônio Moreira César, que fora apadrinhado por Floriano, foi escolhido como seu substituto na função de derrotar rebeldes.


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MOREIRA CÉSAR

Escolhido como chefe da nova expedição a Canudos, Moreira César acumulara fama de bravura e competência nos embates da campanha federalista em Santa Catarina e no Paraná. Fisicamente, porém, o coronel não possuía os atributos esperados de um grande soldado: mirrado e com pernas em arco, tinha fisionomia inexpressiva e mórbida.


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A aparente apatia de Moreira César era contrastada por atos bruscos e violentos registrados em sua biografia: em 1884 ele foi o primeiro a esfaquear em praça pública um jornalista que seria linchado por seu posicionamento crítico ao exército. Punido com uma transferência para Mato Grosso, retornaria à capital após a proclamação da República, caindo nas graças de Floriano Peixoto.


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O comportamento inconstante de Moreira César é atribuído pelo autor a causas possivelmente orgânicas: o coronel sofria crises de epilepsia, o que indicaria certo desequilíbrio dos nervos e influenciaria nos insucessos obtidos em Canudos.


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PRIMEIRA EXPEDIÇÃO REGULAR

Agrupando quase 1.300 combatentes, em cinco dias Moreira César deixou o Rio de Janeiro e alcançou a Bahia. Após uma breve parada em Queimadas, seguiu a Monte Santo, de onde partiria a investida final.


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Mesmo acometido por um ataque epilético às vésperas de chegar a Monte Santo, o coronel manteve o ritmo acelerado de suas decisões: lançaria todos os soldados numa marcha direta pelo arraial, mesmo com a pouca informação obtida sobre o terreno.


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CRÍTICA

A hipótese de uma derrota da expedição nunca foi levada em conta, resultando na completa ausência de precauções estratégicas: Monte Santo foi abandonado com poucos soldados, quase todos doentes, e a linha de operações não contava com nenhuma base de defesa, para resguardar um eventual recuo das tropas.


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CRESCE A POPULAÇÃO DE CANUDOS

Em três semanas Canudos multiplicara seus habitantes: a notícia da primeira vitória alimentou o ânimo dos fiéis e inspirou os moradores das cercanias a se unirem na defesa do profeta. Eram constantes novos grupos de peregrinos e cargueiros cheios de mantimentos.


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COMO AGUARDAVAM OS JAGUNÇOS A NOVA EXPEDIÇÃO

Todas as manhãs eram distribuídos os trabalhos no arraial: grupos de vigilantes rondavam os arredores, outros eram enviados a Monte Santo em busca de informações dos inimigos, havia ainda quem continuasse os trabalhos na construção da catedral e nas magras plantações.


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TRINCHEIRAS, ARMAS, PÓLVORA, BALAS, LUTADORES

Sabendo da necessidade de uma defesa forte, os chefes dos jagunços ordenavam a abertura de rústicas trincheiras em torno de Canudos. Bigornas formavam uma orquestra no concerto das armas. Carvão, salitre e enxofre, abundantes na região, eram manufaturados em pólvora. Pedras, pregos e cacos de vidro eram acumulados para servirem de munição. Diversos grupos de lutadores do sertão, inclusive de outros estados, apresentavam-se para o combate.


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JOÃO ABADE

Nomeado “Comandante de rua”, João Abade centralizava a organização do arraial para a resistência à invasão. Com certa superioridade mental, possuindo alguns estudos, o chefe dominava e disciplinava seus guerreiros.


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A grandiosidade da nova expedição governamental e a fama de seu comandante, no entanto, abalaram a disposição de alguns jagunços, havendo casos pontuais de deserção do arraial.


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PROCISSÕES, REZAS

Aproximando-se o momento do combate, os fanáticos entregavam-se a seu último refúgio: o exercício da fé em procissões permanentes e rezas sob as pregações de Antônio Conselheiro.


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