- Bruno Alves Pinto

- 14 de out.
- 2 min de leitura

LVIII
O texto inicia com uma interpelação direta aos indígenas do Brasil, questionando o rótulo que lhes foi imposto: nem “selvagens” nem “civilizados”, mas mantidos à força longe dos instrumentos de instrução, espoliados de tudo — pátria, liberdade e honra — e ainda marcados pela pecha infame de covardia. Em seguida, ergue-se um lamento pela “raça” outrora espalhada do Amazonas ao Prata e pelas florestas interiores, agora reduzida e marginalizada após três séculos e meio de colonização que chegou sob o estandarte da fé prometendo melhoria moral. Para tornar vivo esse contraste, a autora faz falar o “Cabeté”, voz poética que acusa a invasão de leis e vícios estrangeiros, a violência contra famílias, a supressão de costumes e a calúnia de barbaridade — quando a fraude e a mentira, sugere-se, vieram de fora.
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