- Bruno Alves Pinto

- 14 de out.
- 1 min de leitura

LIII
Nísia Floresta argumenta que, no Brasil, falta-se à “economia do tempo” e ao apreço pelo trabalho, sobretudo entre os pobres, para quem o labor deveria ser um valor formativo e distintivo. O desprezo pelo trabalho já traz males às classes abastadas, mas torna-se desastroso entre os menos favorecidos, especialmente quando procuram aparentar um status acima de sua condição, incentivados muitas vezes pelos próprios pais. Em contraste, cita a França, onde operários preservam simplicidade no vestir mesmo quando enriquecem, como exemplo de bom senso ausente entre nós. A autora associa a busca imprudente do luxo à queda moral: dela resultam corrupção e miséria que se perpetuam, “negras tarjas” no quadro das nações civilizadas, pois a ociosidade e a indolência, sem que se inspire o hábito do trabalho, conduzem à degradação e até ao crime, num país que carece de braços e de instituições morigeradoras.
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