- Bruno Alves Pinto

- 4 de nov
- 9 min de leitura
O Retrato de Dorian Gray Oscar Wilde
Texto Original Completo (em domínio público)
Capítulo XIII
Ele saiu do cômodo e começou a subir a escada, com Basil Hallward logo atrás. Andavam macios, como os homens fazem instintivamente à noite. A lamparina projetava sombras fantásticas na parede e no lance da escada. Um vento que aumentava fazia algumas janelas chacoalharem.
Ao chegarem ao patamar de cima, Dorian pousou a lamparina no chão e, tirando a chave, girou-a na fechadura. “Você faz questão de saber, Basil?”, perguntou em voz baixa.
“Sim.”
“Estou encantado”, respondeu ele, sorrindo. Depois acrescentou, num tom algo áspero: “Você é o único homem no mundo com o direito de saber tudo sobre mim. Teve muito mais a ver com a minha vida do que pensa”; e, pegando a lamparina, abriu a porta e entrou. Uma corrente fria de ar passou por eles, e a luz subiu por um instante numa chama de laranja enegrecida. Ele estremeceu. “Feche a porta atrás de você”, sussurrou, enquanto colocava a lamparina sobre a mesa.
Quer ler mais?
Inscreva-se em resumoporcapitulo.com.br para continuar lendo esse post exclusivo.