- Bruno Alves Pinto

- 4 de nov.
- 10 min de leitura
O Retrato de Dorian Gray Oscar Wilde
Texto Original Completo (em domínio público)
Capítulo XII
Foi no dia nove de novembro, véspera de seu trigésimo oitavo aniversário, como muitas vezes lembraria depois.
Ele voltava para casa por volta das onze horas da noite, vindo da casa de Lord Henry, onde jantara, e estava envolto em pesados casacos de pele, pois a noite era fria e enevoada. Na esquina da Grosvenor Square com a South Audley Street, um homem passou por ele na névoa, andando muito depressa e com a gola levantada do seu sobretudo cinzento. Trazia uma mala na mão. Dorian o reconheceu. Era Basil Hallward. Um estranho sentimento de medo, pelo qual não soube explicar, tomou conta dele. Não fez sinal de reconhecimento e seguiu rápido na direção de sua própria casa.
Mas Hallward o tinha visto. Dorian ouviu primeiro ele parar na calçada e depois apressar o passo atrás dele. Em poucos instantes, sua mão estava em seu braço.
“Dorian! Que golpe extraordinário de sorte! Estou esperando por você na sua biblioteca desde as nove horas. Por fim tive pena do seu criado cansado e lhe disse para ir dormir, quando me deixou sair. Vou para Paris no trem da meia-noite e queria muito ver você antes de partir. Achei que fosse você, ou melhor, seu casaco de pele, quando passou por mim. Mas eu não tinha certeza. Você não me reconheceu?”
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