Parte 3 - Os Aimorés
14 - O Prisioneiro
O cacique pôs sua mão no ombro de Peri: era sinal de que ele seria seu prisioneiro, um costume comum entre os selvagens. Amarraram-no com uma corda de algodão.
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Enquanto as mulheres enterravam os guerreiros mortos, o velho índio reunia os aimorés e a jovem índia dava a Peri alimento e bebida: ela era sua esposa do túmulo, a mulher escolhida para saciar todas as vontades do prisioneiro antes de seu sacrifício durante um ritual da tribo. O índio, entretanto, estava mais preocupado em olhar para a casa de D. Antônio, onde podia identificar seu vulto e de sua filha.
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A jovem índia fazia de tudo para chamar a atenção de Peri, a quem se sentia atraída por ser diferente dos índios de seu bando, que não eram tão belos. Ela era desejada por todos os aimorés e não entendia como podia ser repelida por alguém.
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Bastaram somente algumas horas para que a moça já estivesse apaixonada por nosso herói, de quem tentava arrancar beijos em vão. Peri distraía-se observando alguns pássaros quando sua guardiã surgiu com duas pedras afiadas, as quais usou para livrá-lo das amarras: apontou a floresta à sua frente para que fugissem.
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