Parte 1 - Os Aventureiros
7 - A Prece
Durante o pôr do sol todos se reuniram na esplanada, ajoelhados, para uma prece, ao som de uma Ave-Maria tocada por um dos aventureiros.
Álvaro esteve próximo a Cecília, conforme observava o italiano Loredano, único a manter um sorriso desdenhoso naquele momento de adoração.
Ao final, juntaram-se D. Antônio de Mariz, D. Lauriana e Álvaro para conversarem. A fim de chamar Cecília à conversa, Álvaro comentou sobre o encontro que tiveram com Peri, quando este caçava uma onça. Cecília apavorou-se, pois lembrou que havia, por brincadeira, dito que gostaria de ver este animal de perto. Agora o indígena poderia estar morto por sua culpa. D. Lauriana questionou a preocupação de Cecília, afinal, para ela, tratava-se apenas de um selvagem como outro qualquer. D. Antônio, entretanto, não pode deixar de elogiar a coragem daquele índio, que de tudo fazia para ver sua filha satisfeita.
Quando era servida a ceia, Álvaro entregou a Cecília os itens que ela lhe pedira. Ele ainda trouxera outros presentes, mas a garota recusou-os.
Após a ceia, Cecília foi ao seu quarto rezar por Peri, imaginando seu trágico destino. Muitos adornos em seu quarto, além do veado e de alguns pássaros, eram presentes que o índio havia conseguido e lhe traziam boas lembranças.
Olhando pela janela a garota pensava também no presente trazido por Álvaro, e que ela recusou, deixando-o desconcertado. Subitamente ela viu um vulto passar por perto: era Peri! Reconhecendo o selvagem, Cecília teve a alma tranquilizada e estava pronta para dormir.