
Capítulo 10
João Eduardo tinha o costume de encontrar-se à noite com Agostinho Pinheiro, redator da “Voz do Distrito”, jornal liberal, patrocinado pelo doutor Godinho, que costumava atacar o governo e o clero. Motivado por seu ciúme do relacionamento entre Amélia e Amaro, João se propôs a escrever um artigo em que denunciaria os hábitos pouco virtuosos dos religiosos locais. Com o texto em mãos Agostinho vibrou pelo escândalo que ela causaria na sociedade.
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Amaro, com o desejo de aprofundar sua relação com Amélia, enviou-lhe um bilhete propondo um encontro, mas não obteve resposta. Resolveu escrever uma longa carta, declarando todo o seu amor e defendendo a pureza do mesmo.
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Chegando à casa de S. Joaneira, prestes a entregar sua correspondência amorosa, o pároco foi surpreendido pela presença do Cônego e de todos outros padres da diocese: eles liam, espantados, a nota anônima publicada no jornal que acusava comportamentos promíscuos e faltas morais dos religiosos. Entre os casos citados, havia o de um jovem padre que estaria se aproveitando da inocência de uma garota de família com objetivos torpes.
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Espantados, os padres decidiram pedir a intervenção do governo contra a publicação, mas a liberdade de imprensa era defendida pelo Estado a todo custo.
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João Eduardo, já contente com o sucesso de seu texto, caiu nas graças do doutor Godinho, que lhe garantiu arranjar um emprego no governo rapidamente. Com esta garantia o jovem correu à casa de S. Joaneira para pedir a mão de Amélia em casamento.
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Sentindo-se abandonada por Amaro desde a publicação do artigo e vitimada pelos comentários maldosos da vizinhança, Amélia chegou a considerar que deveria entregar-se logo a João Eduardo, que lhe daria estabilidade e boa fama. Seus desejos, entretanto, eram mais fortes e não conseguia evitar pensar em fugir com o padre. Em outros momentos imaginava que mesmo casada poderia manter uma proximidade com o pároco, confessando-se com ele.
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Coagida pelas circunstâncias, Amélia resolveu escrever a João aceitando o casamento. Amaro ficou sabendo da decisão por meio do Cônego Dias e entrou em desespero ao ver esvair-se qualquer possibilidade de ter com ela um romance.
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Amaro fazia uma visita à noiva, sob o olhar atento de João Eduardo, procurando esconder todo o abalo que sentia, quando um padre surge com notícias graves: o chantre, persuadido pelo artigo da “Voz do Distrito”, começava a tomar medidas contra os clérigos, mudando-os de freguesia.
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