Capítulo 10
No outro dia, Marciana foi procurar por João Romão para acertar a promessa de dote que havia feito, já que Domingos havia sumido, mas aquele fez-se desentendido e não garantiu nada à Florinda.
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Marciana chegou a sua casa e descontou a desgraça em sua maior mania, a limpeza doméstica. Em meio a esta situação Florinda chorava, irritando ainda mais sua mãe, que tentou bater-lhe novamente. Porém a filha reagiu de forma inesperada e fugiu de casa.
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Marciana entrou em choque com a atitude de Florinda e iniciou a armar confusão com João Romão, quem considerava culpado pelos últimos acontecimentos. Ele foi enérgico, mandando-a embora da estalagem.
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João Romão tomou esta atitude extrema pois já estava suficientemente transtornado com outro fato que ocorria naquele domingo: Miranda, seu vizinho, ganhara o título de barão e fazia uma festa para comemorar seu triunfo. O vendeiro, que até então só se preocupara em acumular riquezas em detrimento de seu bem estar, agora se perguntava se realmente estava satisfeito com aquilo, se o caminho que tomou Miranda não era mais atraente. O Barão conseguiu, portanto, o que queria, saiu do papel de invejoso para o de invejado.
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Para tentar compensar a “derrota” sofrida para seu vizinho, João Romão saiu pelo cortiço a impor seu poder, mostrar sua força, reclamando de tudo e de todos. Tudo era uma bagunça, tudo devia ficar em ordem, afinal, ele era o “soberano” do lugar! O ápice de sua demonstração de autoridade foi quando viu que Marciana não o obedeceu em sair do cortiço, então chamou a polícia para levá-la presa. Só Paula, a Bruxa, se impressionou com tudo aquilo.
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Quando chegou a noite, o domingo tornou-se animado na estalagem, pegando carona na festança que já ocorria no vizinho Miranda. Porém, entre uma dança e outra, Jerônimo e Rita Baiana se insinuavam cada vez mais um ao outro e Firmo não aguentou a situação, partindo para cima de seu concorrente.
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A luta armou-se, entre o capoeira brasileiro e o forte português. Todos tentaram impedi-los, mas ninguém conseguiu. Rita não disfarçava certo contentamento em ver dois homens brigando por ela; Piedade estava apreensiva pela vida do marido, e com razão. Após muitos golpes de ambos os lados, Firmo enfiou uma navalha em Jerônimo, que caiu.
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A esta altura o cortiço já estava um caos, lotado de moradores e curiosos que acompanhavam a briga entre gritos e lamentações. Vendo isso a polícia chegou ao local e outro conflito se armou: ninguém queria que os soldados entrassem pois sabiam que quando isso acontecia todas casas eram invadidas e destruídas. Dessa forma Jerônimo foi recolhido para sua casa e todos demais dirigiram o foco para a proteção da estalagem, montando uma barricada de tralhas junto ao portão.
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A resistência se rompeu quando surgiu a notícia de que a casa 12, de Marciana, estava em chamas. Em instantes o amontoado de casas também seria incendiado, então todos se atropelavam tentando salvar sua parte. Os praças invadiram o lugar, prendendo uns, destruindo as casas de outros. Em seguida caiu uma tempestade.
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