- Bruno Alves Pinto

- 16 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de out.
Nebulosas Narcisa Amália
Texto Original Completo (em domínio público)
Segunda Parte
No ermo
Quando penetro na floresta triste Qual pela ogiva gótica o antístite, Que procura o Senhor. Como bebem as aves peregrinas Nas ânforas de orvalho das boninas Eu bebo crença e amor!...
Castro Alves
Salve! florestas virgens, majestosas, Aos céus alçando as copas verdejantes Em perenes louvores! Salve! berço de brisas suspirosas, Donde pendem cordas flutuantes Aos lúcidos vapores!
Eu que esgotei do sofrimento a taça, Que pendo para a campa úmida e fria No alvorecer da vida; Que na longa vigília da desgraça Não vejo luz... nem tenho na agonia Consolação querida;
Eu que sinto na fronte erma de sonhos A centelha voraz, a febre ardente Que o viver me consome; Que já não creio num porvir risonho... Que só busco olvidar num ai plangente O martírio sem nome...
Oh! eu quero, meu Deus, sorver sedenta Os virgíneos eflúvios desta selva, Gozar beleza e sombra! Molhar meus pés na vaga sonolenta... E desmaiar depois da mole relva Na balsâmica alfombra!...
Quer ler mais?
Inscreva-se em resumoporcapitulo.com.br para continuar lendo esse post exclusivo.