- Bruno Alves Pinto

- 2 de nov.
- 2 min de leitura

Terceira Parte
Os dois troféus
O poema declama, em tom grandioso e interpelativo, a memória do “povo” francês como força titânica da História: aquele que derrubou tiranias, semeou ideias, fez da Revolução um raio de progresso e, com nomes-símbolo como Danton e Voltaire, impôs à Europa a imagem do poder popular. A cada estrofe inicial, o eu lírico reconstitui esse passado de feitos ciclópicos—vitórias que vão do Tejo ao Nilo, do Elba ao Ádige—e fixa dois emblemas materiais desse heroísmo: “a coluna — ingente e fria” e “o arco — poema ousado”. São os dois “troféus” que condensam, mais que a glória de um homem, a energia coletiva. Lê-se neles a Coluna Vendôme e o Arco do Triunfo, tratados como símbolos civis: um em granito, outro em bronze, ambos a lembrar a Europa do que o povo pode.
Quer ler mais?
Inscreva-se em resumoporcapitulo.com.br para continuar lendo esse post exclusivo.