- Bruno Alves Pinto

- 31 de out.
- 2 min de leitura

Terceira Parte
Noturno
O poema abre com a epígrafe de Goethe, que celebra a alegria e a serenidade de uma noite de verão, preparando o tom de contemplação jubilosa que o texto inicialmente assume. Em seguida, a cena noturna se desdobra com imagens sensoriais e delicadas: a “calma ardente” instala um calor suave; a noite, com sua “coma escura”, cai como uma cabeleira tremulante; o zéfiro (um vento leve) beija longamente a rosa — símbolo do pudor — na espessura. A água murmura e se alonga “chorosa” sob um leito de luar; ao longe, um canto se espalha enquanto uma canoa corta o azul do mar. A lua surge como “princesa do espaço”: fria e gélida, mas envolta numa doçura mórbida e numa angústia calma, derramando sua luz branca sobre as flores que se curvam à claridade. Planetas se escondem por instantes nas “rendas” das nuvens, a noite sacode o manto e uma chuva tênue cai, embalando toda a criação num encanto vaporoso.
Quer ler mais?
Inscreva-se em resumoporcapitulo.com.br para continuar lendo esse post exclusivo.