- Bruno Alves Pinto

- 28 de out.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de out.

Segunda Parte
Manhã de Maio
O poema abre com uma invocação luminosa à manhã e com um convite à amiga Brandina para abandonar a cidade e contemplar o campo como um grande hino ao Criador. A paisagem desperta: a estrela-d’alva sobe o mar, a cotovia canta, as giestas florescem, e cada arbusto parece entoar louvores. O eu lírico guia o olhar por detalhes sensoriais — rosas cobertas de orvalho, espuma de luz descendo o monte, água dos rios tremulando — e personifica os elementos, como o vento eurus (vento leste, da mitologia) que desperta ao riso da destinatária. Borboletas bailam “como wilis” (espíritos dançantes do balé romântico), a abelha se distrai entre jasmim e amarílis, e o nenúfar (nenúfar é o lírio-d’água) ergue a “fronte” ao sol. O bosque antigo ressoa em cantos de pássaros e no murmúrio de cascatas, enquanto o céu é figurado como uma concha azul sustentada por uma pilastra de luz, de onde a estrela — “passarinho dourado” — voa rumo ao sul.
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