- Bruno Alves Pinto

- 30 de out.
- 2 min de leitura

Segunda Parte
Lembras-te
O texto abre em tom crepuscular, com a tarde derramando uma luz morna sobre a paisagem, e instala um diálogo íntimo entre a narradora e a destinatária, Adelaide Luz. A cena começa sensorial e idílica: brisa perfumada, gramíneas e flores sorridentes, sombras e fulgores, sons distantes do “Ave-Maria”. Nesse cenário, a interlocutora pergunta por que a narradora contempla, absorta e silenciosa, a “vastidão sidérea” e as “tênues nebulosas”. A pergunta desencadeia uma descrição dilatada da natureza como orquestra viva — fontes, nuvens, cataratas, aves, trepadeiras, rolas — tudo pulsando em harmonias, perfumes e cores (“róseas”, “argênteas”, “alvos”, “loiras”), num jogo de sinestesias que mistura som, luz e aroma. As referências mitológicas (“dríades”, “sílfide”) e musicais (“eólias harpas”) intensificam o clima romântico e a sensação de que o mundo natural é animado por forças sutis.
Quer ler mais?
Inscreva-se em resumoporcapitulo.com.br para continuar lendo esse post exclusivo.