Março de 1895
Dia 1º, sexta-feira
Helena questiona a utilidade das matérias que aprende na escola, considerando que ela almejar tornar-se professora.
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Dia 3, domingo
Um conhecido de Iaiá hospedou-se na Chácara. Ele estava mudando de cidade devido à febre tremedeira que o atingiu e que só poderia ser curada saindo do lugar onde adquirira a doença. Sua pele estava amarelada e os ataques de tremedeira eram constantes. Sua fome era tanta que ele comia até os ossos das galinhas.
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Dia 5, terça-feira
Helena recebeu a visita de uma pretinha de cinco anos, sua afilhada. Ela se lembra de ter preparado seu enxoval a mão quando soube que seria sua madrinha. Também recorda que Renato havia caçoado dela quando o filho do homem que seria o padrinho disse ter pena de seu pai por ser acompanhado ao batizado por uma garota tão feia- mas Helena estava acostumada com estas brincadeiras do irmão e nem ligou.
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Dia 7, quinta-feira
Luisinha continua com problemas no colégio. Uma forte dor de estômago fez com que Dona Carolina resolvesse trazê-la para casa. Helena pretende pedir a seu pai que livre logo a irmã deste martírio.
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Dia 11, segunda-feira
Alexandre passou o final de semana na lavra e Dona Carolina foi encontrá-lo. Helena ficou responsável pela casa e soube se organizar muito bem: dividiu as tarefas com os irmãos e ficou com tempo de sobra para estudar.
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Dia 12, terça-feira
Todos na casa de Helena têm apelidos: Nhonhô é Peru, Renato é Gato e Luisinha é Pamonha. Só com Helena que os apelidos vão mudando: era Ovo de Tico-Tico, por causa das sardas; Frutuosa Pau de Sebo, por causa da magreza; Aninha de Bronze, pela fama de brigona; Galinha de Postura Caída, por causa do uniforme escolar desalinhado; Relâmpago, quando saiu correndo de um temporal; e Tempestade, quando brigou com um professor.
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Há casas em que apelidos são motivo de punição, mas com a família de Helena basta revidar com outro apelido e está tudo bem.
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Dia 14, quinta-feira
Com Helena responsável pela casa, Carolina enviou Maria da Quitéria para ajudar-lhe. A mulher não deixava trabalho nenhum para a pequena e ainda se responsabilizou por fazer um jantar com convidados, mesmo sem ter muitos mantimentos em casa. Helena apenas se assustou quando soube que Maria havia furtado a galinha do vizinho para a ceia.
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Dia 15, sexta-feira
Um correio foi inaugurado com muita festa em Diamantina. Helena Questiona se o posto era mesmo necessário e conclui que seria muito mais importante que a cidade tivesse água encanada.
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Dia 18, segunda-feira
Dona Carolina orientava sua filha que não ficava bem para uma mulher estar sempre andando pelas ruas, mas Helena gostava mesmo de visitar os vizinhos.
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Desta vez, no entanto, a menina sofreu uma consequência de andar nas casas dos outros: ela comia almôndegas da tia Plácida quando João Cesar contou ter nojo daquele prato, pois havia presenciados hábitos pouco higiênicos da cozinheira – ela preferia não saber disso.
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Dia 21, quinta-feira
Helena acha Seu Guilherme um dentista muito enjoado: ele fala tudo no diminutivo, “boquinha”, “dentinho”… Sua mulher e filhas são simpáticas e engraçadas: Dona Rosa, certo dia em que negociava o casamento de sua filha na casa de tio Geraldo, confidenciou que matrimônio só dava trabalho.
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Dia 24, domingo
Cm visitas constantes das primas, Helena não consegue se organizar para estudar e vai dormir com remorsos por não ter concluído suas tarefas. Ela se consideraria mais feliz se soubesse dispensá-las em situações como esta.
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Dia 29, sexta-feira
A filha de Seu Facadinha faleceu e durante o velório sua mulher, que é doida, ficava falando em línguas inventadas. O pai lamentava a morte da menina, mas acreditava que havia sido melhor isso a vê-la sofrer com a loucura da mãe.
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