27 - Virgília?
Sim, a pretendida de Brás Cubas era a mesma Virgília que em 1869, como narrado no Capítulo 6, acompanharia seus últimos dias de vida.
Mas naquele momento ela era uma moça de quinze ou dezesseis anos, atrevida, voluntariosa. O autor abre mão da descrição romântica tradicional, que lhe daria ares de perfeição, para assumir que ela tinha lá seus defeitos, sardas e espinhas, coisa da idade, mas ainda assim era bonita.
O autor brinca com a diferença entre os elogios que dirigia a ela pessoalmente, naquela época, e o relato realista de sua fisionomia que fazia agora, defunto. Mas não considera que mentiu em nenhum dos momentos: o homem é uma “errata pensante”, cada estação da vida reedita a anterior, sempre, até que a versão final seja entregue aos vermes.