Primeira Parte
1 - Origem, nascimento e batizado
A história se passa no início do século XIX, o “tempo do rei”, ou seja, quando D. João VI, rei de Portugal, estava no Brasil, no Rio de Janeiro.
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O autor inicia discorrendo sobre a classe dos meirinhos, como se chamavam na época os oficiais de justiça, com grande “influência moral” por serem responsáveis pelo pontapé inicial dos custosos processos judiciais.
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Entre eles está Leonardo “Pataca”, o mais velho, vindo de Portugal onde era algibebe (vendedor de roupas). Este senhor gordo, lento, pachorrento, de cabelos brancos e face vermelha, vivia reclamando dos pagamentos por seus serviços, daí seu apelido “Pataca”.
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Ainda em sua viagem de Portugal, Leonardo cruzara com Maria da Hortaliça, uma saloia (mulher do campo), e após uma “pisadela e um beliscão” namoraram durante a viagem. Resultado disso foi, já no Brasil, o nascimento de Leonardo, filho, que é o personagem central do livro. Curiosidade: o garoto nasceu gordo e cabeludo, porém apenas sete meses depois do encontro dos dois; haveria aí um golpe da barriga? O livro não esclarece, apenas indica.
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No batizado do menino a parteira foi escolhida como madrinha e o barbeiro vizinho como padrinho. Neste ponto o autor sublinha a tentativa de Leonardo Pataca de organizar um festejo com ares aristocráticos, mas que logo se perdeu no meio de muita algazarra, que denunciava a origem pouco nobre dos presentes. Quanto ao Leonardo filho, se resumia a guinchos e esperneios no meio da balbúrdia.
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Brevemente foi citada a existência do Vidigal, chefe de policia da região, que passando próximo à festa intimidava a barulheira, fazendo com que tudo se encerrasse mais cedo.
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