Capítulo 2
Nativa daquelas mesmas terras, Iracema é uma jovem virgem, descrita com muita sensualidade em traços que relacionam seus atributos a elementos naturais: lábios de mel, cabelos negros como as penas de uma ave, sorriso doce como favos de abelhas...
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Pertencente à tribo guerreira dos tabajaras, a índia repousava após um banho, empunhando seu arco e flecha, acompanhada somente de uma pequena ave amiga – uma “ará”, na língua tupi.
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Iracema é surpreendida pela figura de um estranho guerreiro a vigiá-la: de pele branca, olhos claros e vestido com panos incomuns, o homem é recebido imediatamente com uma flecha que parte da indígena e fere levemente seu rosto.
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Hesitante em pegar sua espada para responder ao ataque, uma vez que provinha de uma cultura em que era devido respeito a quaisquer mulheres, o guerreiro branco acabou sendo socorrido pelas mesmas mãos que o feriram: Iracema arrependeu-se e quebrou sua flecha, como sinal de paz com o breve inimigo, e o convidou à cabana de seu pai, Araquém, Pajé dos tabajaras.
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