9 - O medicamento
Cirino ficou alguns instantes a sós com Inocência em seu quarto, enquanto Pereira foi buscar uma xícara de café. Mais uma vez a beleza da menina, que fingia dormir, o hipnotizou. Por um breve segundo ele abriu levemente sua pálpebra e o seu olhar cruzou-se com o do médico. O anão mudo observava a cena, desconfiado.
Martinho retornou e o doutor indicou o amargo remédio que a moça deveria tomar, além de sugerir uma dieta bem restrita pelos dias seguintes. A febre já havia passado e a cura não tardaria.
Deitado em sua cama, agora era Cirino o doente: sofria de paixão pela filha de seu anfitrião e não conseguia dormir.