- Bruno Alves Pinto

- 4 de abr. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de out.

9 - A ópera
O tenor italiano já não tinha voz, era recusado por todas as companhias que chegavam da Europa, mas pensava que isto era uma grande injustiça. Portava-se, portanto, como se ainda fosse um tenor, cantarolando pelos cantos.
Foi após beber muito vinho, numa noite, que confessou ao nosso narrador a ideia de que a vida é uma ópera: e isto não seria apenas uma analogia como qualquer outra, mas a verdade maior da existência. Tanto é que tinha toda uma teoria formada sobre a criação da vida na Terra: Deus seria um poeta, Satanás seria um músico; juntos compuseram uma ópera que foi executada sem ensaios – daí a existência de algumas desarmonias em seu andamento -; ambos, poeta e músico, ainda receberiam seus “direitos autorais” pela peça, que uma hora ou outra há de se acabar.
O narrador acha graça na teoria e é repreendido pelo tenor: não é para ter graça, é para ser levado a sério, tudo na vida é música, “no princípio era o dó, e o dó fez-se ré…”, continua, defendendo sua ideia.
KKKKKKKKKKKKKKKKK MDS Q GENIAL ESSA INTERAÇÃO ENTRE O TENOR E BENTINHO NAMORAL
"no princípio era o dó, dps o ré" MTO MTO BOM MDSS