Capítulo 8
Conversando com D. Leocádia e Sr. Duarte, Amaral revelou a intenção de sua visita: acertar as contas quanto aos cuidados que tivera com sua filha anos antes. Duarte mostrou-se totalmente disposto a ajudá-lo e D. Leocádia fazia questão de lembrar o tamanho esforço do médico naquela ocasião. Mila ouvia a conversa atenta, porém mantinha-se distante.
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Então Amaral apresentou sua proposta: cuidar para que uma criança que perdera os pais fosse encaminhada ao orfanato e recebesse um dote para seu casamento, na quantia de cem mil réis. Duarte protestou por ser uma quantia muito baixa, comparado aos serviços prestados. Amaral entregava a ele a carta que Geraldo havia lhe dado, com as informações da menina, quando Emília surgiu, enfurecida, arrancando o papel, dizendo que ela mesma pagaria a conta e em seguida deixando a sala, aonde não retornou naquela noite.
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No dia seguinte Amaral mandou um procurador receber o valor que seria destinado à órfã. Ele sentia-se como uma criança brincando com Emília e nutriu, desde então, o desejo de reencontrá-la. Naquela semana, entretanto, a moça não compareceu à casa de D. Matilde.
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Passada uma semana do ocorrido Amaral recebeu um convite, escrito à mão por Emília, para que fosse jantar em sua casa – ele ansiava por saber que nova humilhação a garota preparava para ele.
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