Capítulo 7
Amaral foi à casa do Sr. Duarte. Tempos antes o local era um prédio feio, encostado no morro, cercado de vegetação e pequenas correntes de água. Havia poucas habitações nas proximidades.
Foi nesse ambiente campestre que cresceu Emília: inicialmente temerosa dos bosques sombrios que a cercavam, a menina enfrentou seus medos e desbravou toda a região com ares de travessura, conhecia trilhas e subia nas árvores. Isso ela mesma havia contado a Amaral.
Agora, entretanto, o edifício estava reformado, suntuoso, com jardins bem cuidados e grande número de criados: obra de Emília, que se inspirava na ostentação dos ricos salões que começou a frequentar.
Amaral havia entregado seu cartão a um novo criado, que não o conhecia, quando surgiu o próprio Sr. Duarte para recebê-lo. D. Leocádia cosia enquanto Emília tocava ao piano – mas largou o instrumento assim que viu a visita entrar e distanciou-se, indo à sacada.