Capítulo 7
Enquanto isso, na Travessa das Acácias, Fernanda descansa enquanto aguarda a hora de ir ao trabalho. Ela vê, do outro lado da rua, a janela do professor Clarimundo: quando ele aparecer ali, com um palito na boca, serão dez para a uma, como sempre.
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Fernanda lamenta que seu pai tenha morrido de maneira trágica sem deixar nenhum sustento para a família. Olha para seu diploma pendurado na parede (conforme a mãe colocou) e pensa no desperdício de tantos anos de estudos para acabar trabalhando de secretária do Leitão Leiria. Se ao menos tivesse sido nomeada professora…
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Ela curtia o pouco tempo que podia ficar de pernas para o ar, sem pensar nas obrigações de trabalho e contas a pagar, até que sua mãe surgiu para lembrar-lhe que não se podia dormir novamente: eram pobres, se atrasasse no trabalho poderia ser demitida e tudo seria um desastre.
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D. Eudóxia adorava imaginar e ruminar desastres. No último exame de Fernanda, enquanto a moça estudava, sua mãe andava pela casa pensando que a filha não passaria. Agora, olhando pela janela, D. Eudóxia compara sua vida a dos vizinhos, sempre pensando que tudo é muito mais fácil para o outros.
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Fernanda afasta o pensamento das palavras negativas de sua mãe, lembrando-se do amigo Noel e de suas filosofias sobre a vida: no fundo, somos todos solitários. Viaja para o tempo em que, pequena, saía para a escola, observava os arredores, encontrava-se com Noel, a quem tratava e protegia como a um irmão mais novo.
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D. Eudóxia interrompe novamente seus pensamentos: já é tarde. Fernanda olha pela janela e vê o professor Clarimundo. Salta e vai acordar seu irmão, no quarto ao lado.
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