Capítulo 28
D. Maria Luísa ainda se sente uma intrusa ao viver no palacete construído por seu marido, Zé Maria Pedrosa. Todo o luxo que a cerca nada mais é que um desperdício. Seu passado simples em Jacarecanga desperta dolorosas saudades.
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Ao entrar no quarto da filha, ainda a encontra deitada. Procura algo sobre o qual possa reclamar, mas tudo está em ordem. Chinita, pondo em prática o que aprende com os filmes americanos, usa termos em inglês e pede que a criada sirva o café na cama. Maria Luísa se incomoda com os novos hábitos da garota e leva, ela mesma, o café para seu quarto.
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João Manuel, o filho, ainda dorme. Ele chega de madrugada e vai para a cama ainda de roupa. D. Maria percebe seu rosto pálido, envelhecido. Imagina que passa as noites nos cabarés, com bebidas e mulheres.
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Em seu próprio quarto, Maria Luísa encontra Zé Maria também dormindo, sobre a cama Luís XV, entre lençóis de seda: um grande desperdício de dinheiro, ela pensa.
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