Capítulo 31
Luís vai ao café e observa Julião Tavares pelo espelho do balcão. Ele procura distrair-se lendo as palavras no menu, mas a todo momento espia seu inimigo.
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Houve dias em que Marina saiu de casa e Luís a perseguiu pensando que ela se encontraria com o comerciante, mas foi em vão.
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Agora ele o tinha bem próximo e no seu bolso segurava a corda que havia ganho de seu Ivo: tinha vontade de pular ali mesmo e laçar o pescoço gordo de Julião. O chefe de polícia também estava no café e talvez fosse prendê-lo na mesma hora, mas Luís não se importaria: a vida na prisão não seria pior que a que ele já levava. O narrador imagina que a opinião pública poderia se levantar sobre o caso, mas ele também não liga: sabe que tal opinião não passa de palavras em papéis e votos do júri, e não há mais nada que defina bem e mal, é tudo opinião, tudo irrelevante. Ele ainda observa o guarda-civil e considera que ele não teria coragem de detê-lo, no máximo usaria o apito, era um covarde.
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Luís pensa por um momento em uma revolução dos trabalhadores: qual função sobraria para ele? O que seria do guarda? E o que sobraria para Julião Tavares? O fato é que, naquele momento, Julião Tavares era importante. Um rato, mas importante. Tinha receio de assassinar alguém importante.
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