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Resumo Por Capítulo: Angústia

Capítulo 21


De meses em meses dona Rosália recebia a visita de seu marido, um homem moreno e calvo, caixeiro-viajante. Os reencontros do casal pareciam marcar luas-de-mel renovadas a cada retorno de viagem: para o desespero de Luís, que nem conseguia dormir com os ruídos indiscretos do amor, vindos do outro lado do muro. O escritor queria sair, fugir, mas sentia-se preso à sua casa.


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Passando em frente à casa de Marina, Luís chega a pensar numa reconciliação: ninguém era dono de ninguém, todo mundo é capaz de tolices, bastava que ela se esquecesse de Julião Tavares e poderiam ser felizes novamente! Lembrando-se de seu avô Trajano, que tivera totalmente para si a subserviente sinhá Germana, o narrador pondera que a vida na cidade, em que as mulheres saem para trabalhar e recebem cantadas de marmanjos, o afasta de qualquer possibilidade de viver um amor como aquele, tudo se tornou bem mais complicado.


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Em seu quarto Luís passa a noite se revirando na cama, acendendo cigarros, em um ambiente que parece estar tomado de órgãos sexuais: respirações intensas, palavrões exaltados, gemidos contidos e beijos compridos vazavam do quarto de dona Rosália para o seu, entre breves intervalos de silêncio. Em certo momento ele pode até mesmo ouvir gotas de urina pingando no chão: era uma das crianças da vizinha, que chorava e ouvia berros da mãe para que se calasse enquanto ela copulava. Luís aperta as mãos contra os ouvidos procurando maneiras de não se irritar.


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A mente do narrador tenta encontrar distrações em assuntos cotidianos, na lembrança de Moisés, de seu Ivo, do Lobisomem, mas a barulheira do casal vizinho sempre recomeça e ele, como um bicho sufocado, sente um desejo visceral de esmagar o pescoço do marido de dona Rosália entre suas mãos.


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